Organizados numa estrutura de
Gr+4x4+Gr, com jogos de 30 minutos (2x15 minutos) e dividido o grupo em duas
equipas, possibilitou aos nossos jovens elevados tempos de prática
(aproximadamente 90 minutos por atleta). O que se demonstrou mais uma vez um
ótimo indicador da necessária evolução anual em relação aos objetivos
propostos, assim como importante no reforçar das aprendizagens do processo de
treino em ambiente de jogo e avaliar o conhecimento dos princípios de jogo a
partir de várias posições.
Sendo necessariamente o
feedback, pela sua natureza prática e eficaz, uma intervenção clara e objetiva,
o principal retorno que podemos e devemos retirar desta atividade encara os
elevados tempos de prática e a motivação intrínseca, vivida e acumulada junto
dos nossos jovens.
A criança e o jovem, ao
contrário do adulto, encontram-se sujeitos a um grande número de transformações
físicas, biológicas, psíquicas e sociais que exigem, para a sua participação na
prática desportiva, uma orientação com características próprias e que respeite
essas particularidades. Deste modo, se a estas mesmas crianças e jovens, que nada
diferem dos nossos campeões, é exigida uma prática muito formal, intensiva,
vincadamente competitiva e orientada a cada momento e conduta demonstrada, não
é possível que enfrentem com naturalidade a sua prática, sendo que neste
cenário os prejuízos superam largamente, na grande maioria dos casos, os
eventuais benefícios. Assim, não podemos contribuir
para uma especialização precoce, que sufocante juntos dos jovens leva ao
queimar de etapas, etapas com janelas de oportunidade únicas nas idades em que
se encontram. Encontros com a estrutura realizada, são o reflexo do que os
nossos jovens precisam, dos princípios que devem orientar as suas actividades.
São por sua vez, o inverso que vivenciamos junto de um sistema de competição
sénior, que tentamos a todo o custo não replicar.
O
Daniel marcou um golo e pulou de alegria, o Francisco Faria foi o rei das coberturas defensivas, o Francisco Ferreira cumpriu com todos os princípios
treinados, o Guilherme fez defesas espetaculares, o Henrique Ranhola esteve
orientado dentro de campo, o Henrique Ricca superou-se em passes e dribles
oportunos, o Miguel Dias criou diversas oportunidades de aplicar o seu forte
remate, o Miguel Granada impaciente com os resultados lutou e aplicou toda a
sua capacidade técnica e tática, o Pedro, apesar de mais pequeno na estatura
não demonstrou medo junto dos adversário, mostrando-se a “altura” dos mesmos, o
Rodrigo, mesmo com sucessivos remates ao poste não desistiu nem desmotivou. Mas
todos no final disseram nestas mesmas palavras que o mais importante não era
ganhar, mas sim participar. (3 vitórias, 2 empates e 1 derrota).
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