segunda-feira, 12 de novembro de 2012

[Sub9] - IV Encontro Sub9 - EASporting Barrosa-Benavente vs GD Benavente vs ERstevense vs GD Marinhais

Entre os raios de sol propícios do São Matinhos e pingos de chuva naturais da época em que nos encontramos, este foi um fim-de-semana marcado por mais uma atividade para os nossos alunos. Reunidos no Complexo Desportivo da Barrosa, Benavente, junto das 11 horas, os nossos atletas participaram em mais um encontro com o GD Benavente, GD Marinhais e CF Estevense. 

Organizados numa estrutura de Gr+4x4+Gr, com jogos de 30 minutos (2x15 minutos) e dividido o grupo em duas equipas, possibilitou aos nossos jovens elevados tempos de prática (aproximadamente 90 minutos por atleta). O que se demonstrou mais uma vez um ótimo indicador da necessária evolução anual em relação aos objetivos propostos, assim como importante no reforçar das aprendizagens do processo de treino em ambiente de jogo e avaliar o conhecimento dos princípios de jogo a partir de várias posições.

Sendo necessariamente o feedback, pela sua natureza prática e eficaz, uma intervenção clara e objetiva, o principal retorno que podemos e devemos retirar desta atividade encara os elevados tempos de prática e a motivação intrínseca, vivida e acumulada junto dos nossos jovens.

A criança e o jovem, ao contrário do adulto, encontram-se sujeitos a um grande número de transformações físicas, biológicas, psíquicas e sociais que exigem, para a sua participação na prática desportiva, uma orientação com características próprias e que respeite essas particularidades. Deste modo, se a estas mesmas crianças e jovens, que nada diferem dos nossos campeões, é exigida uma prática muito formal, intensiva, vincadamente competitiva e orientada a cada momento e conduta demonstrada, não é possível que enfrentem com naturalidade a sua prática, sendo que neste cenário os prejuízos superam largamente, na grande maioria dos casos, os eventuais benefícios. Assim, não podemos contribuir para uma especialização precoce, que sufocante juntos dos jovens leva ao queimar de etapas, etapas com janelas de oportunidade únicas nas idades em que se encontram. Encontros com a estrutura realizada, são o reflexo do que os nossos jovens precisam, dos princípios que devem orientar as suas actividades. São por sua vez, o inverso que vivenciamos junto de um sistema de competição sénior, que tentamos a todo o custo não replicar.

O Daniel marcou um golo e pulou de alegria, o Francisco Faria foi o rei das coberturas defensivas, o Francisco Ferreira cumpriu com todos os princípios treinados, o Guilherme fez defesas espetaculares, o Henrique Ranhola esteve orientado dentro de campo, o Henrique Ricca superou-se em passes e dribles oportunos, o Miguel Dias criou diversas oportunidades de aplicar o seu forte remate, o Miguel Granada impaciente com os resultados lutou e aplicou toda a sua capacidade técnica e tática, o Pedro, apesar de mais pequeno na estatura não demonstrou medo junto dos adversário, mostrando-se a “altura” dos mesmos, o Rodrigo, mesmo com sucessivos remates ao poste não desistiu nem desmotivou. Mas todos no final disseram nestas mesmas palavras que o mais importante não era ganhar, mas sim participar. (3 vitórias, 2 empates e 1 derrota).

Estes são apenas exemplos de experiencias contingentes, de transformação em experiencias motivantes e que na sua reciprocidade motivam e levam a motivar os pais que também a este nível estão de parabéns.

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